Gente, a dica de hoje parte do Biblioteca de Ideias.
Conteúdo maravilhoso para o despertar dos sentidos.
Um material com leitura simples que contém várias atividades educativas.
Mais uma ferramenta de promoção a saúde.
“Dar um sentido, ter sentido, tomar um sentido... Essas
expressões comuns ajudam imediatamente a entender a importância dos
sentidos para a nossa orientação. A orientação dos sentidos contribui
determinantemente para a definição das escolhas de consumo e estilos de
vida de cada um de nós.”
Pensando nisso o [Biblioteca do Ideias] hoje traz a publicação do Slow Food - “Em que sentido? Pequeno Manual de Educação Sensorial”,
o manual visa trabalhar percepções polissensoriais: emoções, memórias e
experiências com os nossos sentidos (visão, olfato, tato, paladar,
audição). O documento traz também algumas sugestões de atividades
educativas relacionadas ao tema.
A globalização e hábitos de vida ocidentais, que apesar de terem
ampliado alguns horizontes, estão de certa forma submetendo-nos a uma
verdadeira privação sensorial, com efeitos imponderáveis sobre o
desenvolvimento e equilíbrio.
Segundo alguns antropólogos, por exemplo, a poluição das metrópoles
induz a um reflexo condicionado que provoca uma espécie de apnéia,
responsável pela progressiva perda de sensibilidade do olfato.
O mesmo vale para a alimentação. O gosto repetitivo e sempre igual de
muitos produtos industrializados, ligado ao abundante uso de adoçantes,
sais e especiarias artificiais, induz a uma diminuição progressiva da
sensibilidade gustativa, que por vez faz aumentar o uso desses aditivos.
O condicionamento que se cria é traduzido em uma sensibilidade
limitada. Isso nos torna incapazes de reconhecer e apreciar o gosto
variado e sempre diferente de muitos alimentos “ao natural”, como frutas
e vegetais locais e sazonais, que muitas vezes trocamos por insípidos
cultivados em estufa. A aposta é alta: corremos o risco de comprometer
irremediavelmente as nossas potencialidades, que comportam a capacidade
de escolhas diferenciadas e múltiplas, transformando-nos em consumidores
“robô”, guiados por sentidos cada vez menos capazes de distinguir e
selecionar.
Redescobrir a natureza como origem de tudo o que nos cerca, inclusive
o desenvolvimento tecnológico, é o primeiro passo para recuperar o
espaço perdido, a diversidade e a multiplicidade dos estímulos
necessários para regenerar os sentidos, e consequentemente emoções e
pensamentos.
A oficina de educação dos sentidos ilustrada no manual oferece ao
participante a possibilidade de viver experiências que ajudam a
reconhecer e interpretar os estímulos sensoriais e a se tornar mais
conscientes das escolhas de consumo.
Em nossa biblioteca além de você encontrar este manual, você pode encontrar um outro manual também produzido pelo Slow Food, chamado: “Até as origens do gosto”,
ele também aborda a temática da sensorialidade dos alimentos e traz
alguns exemplos de atividades lúdicas, com o objetivo de treinar os
sentidos (visão, olfato, tato, paladar, audição) e de adquirir um
primeiro vocabulário sobre degustação.
Texto de Débora Castilho.
Por Katiuscia Medeiros
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